HOSPITAL DAS CLÍNICAS: O DESCASO DA USP

Na polêmica do Hospital das Clínicas, chama a atenção o silêncio da USP Bauru.

Ela tem um reitor, acreditem, tem sim.

A USP é a mantenedora, “proprietária” daquele hospital, com onze andares, quase que totalmente vazios há mais de dez anos.

O seu silêncio e a falta de transparência são comprometedores.

O estado em que se encontra o HC e todos os equipamentos comprados com dinheiro público, só viemos a conhecer após os vídeos do Dr. Komono, promotor da saúde de Bauru.

Precisou ele ser chamado de “promotor da doença” pelo Governo do Estado para, enfurecido, com santa fúria, “invadir” o prédio da USP e mostrar a inimaginável realidade daquele hospital.

Depois de anos de silêncio da USP, do Governo do Estado, de nossos prefeitos (Rodrigo, Gazzeta e agora Suellen) e de todo nosso mundo político, em que esconderam a realidade do desperdício de dinheiro público em um hospital inútil, agora estão disponíveis as imagens que nos chocaram.

Vivendo o pico da pandemia, enquanto bauruenses morrem sem acesso à uma UTI, a USP continua em seu silêncio comprometedor.

Dá até a impressão de que esse campus não está localizado em Bauru, parece estar em outro planeta.

As coisas por aqui estão de ponta cabeça.

O Judiciário, depois de muito tempo de uma sentença transitada em julgado, condenando o Governo do Estado, a FAMESP e a Prefeitura, dá uma decisão definitiva.

Agora vai!

Vai não, a Juíza concede mais trinta dias de prazo para as partes cumprirem a sentença e abrir dez míseros leitos de UTI Covid.

Fosse a condenação de empresários privados, provavelmente já estariam presos pelo crime de desobediência a uma determinação Judicial.

Esse jogo de empurra entre Dória, USP, FAMESP e Prefeitura Municipal tem que ter fim.

Bauru não pode mais esperar por mortes evitáveis para resolver esse imbróglio.

A USP tem que assumir sua responsabilidade perante a cidade e a sociedade que a abrigam e se posicionar.

Walace Garroux Sampaio
Presidente do Sincomércio

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